Como a análise do comportamento mudou a minha vida
Rafael Diniz
3/20/20242 min read


Eu lembro claramente o primeiro o ano da minha graduação, o momento em que foi apresentada a análise do comportamento e eu senti que claramente seria aquilo que eu perseguiria dali em diante.
Behaviorismo Radical? Tipo alguém que pula de paraquedas? A partir dali estava determinado a persistir naquilo mesmo sabendo que eu passasse pelo primeiro livro entendendo muito ou pouco ou quase nada.
Hoje, olhando para trás, ainda parece que sei muito pouco ou quase nada (e isso é ótimo). Para os colegas que entenderão o vocabulário técnico, entender o que era uma operação motivadora já parecia um grande passo naquela época.
Desde então, eu aprendi que o meu ambiente tem influência muito grande nos meus comportamentos e isso ensina mais humanidade que qualquer coisa. Aprendi a compreender que as contingências fizeram quem sou, a enxergar isso com mais compaixão e a aprender como responder para alterar o que era preciso.
A princípio, o que parecia se limitar a ratos ou pombos e experimentos com animais se tornou uma forma de mudar aquilo que eu entendia em mim mesmo. “Só podemos levar nossos clientes até onde também fomos” e como saber se funciona? Visto que a possibilidade de atender pessoas ainda estava há alguns anos de distância, o único caminho foi aplicar tudo que aprendia em mim mesmo.
Aprendi a importância de valorizar o comportamento dos outros, de valorizar o meu próprio comportamento, de também entender que algumas consequências não estavam necessariamente relacionadas ao meu comportamento e que personalidade se trata de um conjunto de comportamentos que acontecem em um contexto, não algo que estava dentro de mim ou das pessoas.
Logo eu, que nunca havia sido o aluno mais dedicado na escola, na faculdade me tornei o nerd mais ferrenho que a vida me permitiu ser. Não foi nenhum dom, superpoder, inteligência ou qualquer habilidade intrínseca desse tipo, foram as contingências.
Logo eu, que nunca me considerei a pessoa mais habilidosa socialmente ou a mais “acolhedora” da minha turma e tão pouco a mais segura. Para tudo isso, a análise do comportamento me deu ferramentas para lidar.
Aprendi a observar melhor, descrever melhor, aprendi a transformar minhas relações interpessoais e consequentemente a mais importante, a relação comigo mesmo. Afinal, melhorando como pessoa pude melhorar as pessoas ao meu entorno assim como várias pessoas boas me tornaram melhor no caminho.
Hoje, como psicólogo de ofício, posso ajudar pessoas com tudo aquilo que em algum momento também me ajudou.
“O homem não passa pelo mesmo rio duas vezes” disseram e hoje tenho certeza que nem o rio e nem eu somos mais os mesmos. Eu já não sei mais dizer como eu via o mundo em comparação como vejo hoje e isso foi possível graças a análise do comportamento.
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